Contornando a rua, avançamos quase correndo pelas vielas que se entrelaçavam como uma teia de aranha.
Mergulhando na Segunda Ala que era separada da Rua principal. Assim como ela estava escapando de alguma coisa, sem parar.
Sendo arrastado para longe, eu gritei para o cabelo grisalho que estava jogando na frente dos meus olhos.
— E-Err, você poderia explicar…!?
— Desculpe, vamos seguir em frente por enquanto…! O mais longe possível…!
O vestido que cobria seu corpo tremulava.
Sua bolsinha, igual à que vi ontem, chacoalhava.
Sua respiração era áspera e por fim, como se denunciasse o limite de sua força física, seus sapatos de salto alto pararam.
— Haha, ha ha…!
A escada larga que se estendia para cima, o arco acima da minha cabeça que se tornava uma ponte, as portas com grades de ferro e os barris e caixas de madeira que foram colocados ao acaso. Um outdoor coberto de fuligem que lamentava ter visto algo semelhante há algum tempo. Era um lugar no fundo dos becos que, se você não conhecesse a área, seria semelhante a um labirinto.
Nesse lugar vazio, apenas o som de sua respiração ressoava enquanto ela pressionava o peito.
Não sendo capaz de esconder minha confusão, olhei para sua figura e toquei gentilmente em meu bolso.
Depois de hesitar se deveria dizer isso em um lugar como este, decidi e coloquei isso para fora.
— Hum, pegue.
— Oh…!
Espalhei o “artesanato de prata” que tirei da mesa da estalagem.
Olhando para o acessório debruado de azul – uma das partes do par, ela parou de se mexer.
Olhando para o que estava na minha mão.
Como se estivesse enfrentando uma existência da qual já havia sido separada.
Finalmente, ela lentamente pegou o acessório em sua mão.
— Desculpe… quando saí do quarto, parece que esqueci.
— …Que cruel, mesmo tendo comprado depois que você me chantageou.
— Fufu… sério, me desculpe.
Como enfeite de cabelo ela o colocou.
O acessório azul que ficou lindo em seus cabelos grisalhos, estava tão lindo quanto ontem.
Por outro lado, o sorriso que ela mostrou ainda durou pouco.
— Afinal, eu pensei que não tinha mais nenhum significado, mesmo que tivesse.
No instante em que seus lábios deixaram escapar aquele murmúrio…
Ela pulou no meu peito.
— O que-!?
— Eu te imploro, Bell-san. Com isso, será o fim.
Quando eu rapidamente agarrei seus ombros, ela disse isso como se apertasse sua voz enquanto se inclinava em meu peito.
Seu rosto levantou e eu prendi a respiração.
Suas bochechas pareciam queimar. Seus olhos estavam úmidos.
Assim como uma garota apaixonada, ou possivelmente, como uma marionete de seus impulsos irreprimíveis.
Seus olhos cinzentos olhavam apenas para mim.
— Eu só tenho esse momento. Se você escapar desta vez, meu desejo não se tornará realidade.
— … O que você está dizendo…?
— Porque esse é o “pacto”. Porque eu fiz um “acordo”. Eu estarei absolutamente separada de você.
Dolorosamente, como se dependesse de algo, frágil.
Quando ela olhou para o meu rosto, ela apertou desesperadamente essas palavras.
E então, ficando na ponta dos pés, aproximo seu rosto.
Eu vacilei e quando tentei empurrar seus ombros…
— Eu imploro… não me afaste.
Estava diferente da noite anterior.
Naquela noite, Syr-san não estava desesperada assim.
Como se um “tempo-limite” que ela não pudesse evitar a perseguisse, como se para escapar daquele “destino”, ela desejasse.
Para mim, parecia que ela estava chorando.
Finalmente, ela lentamente aproximou seus lábios…
<Até o fim do banquete~ Vocês vão ser massacrados.>.
Nesse instante.
Uma canção ressoou.
– ——
Nesse pequeno intervalo de tempo.
Logo após reconhecê-lo naquele instante que estava eternamente comprimido.
Como se impulsionado pelo meu instinto que soltou um rugido, chutei o chão.
<Dáinsleif.>2
2 Dáinsleif é a espada do rei Högnir na mitologia nórdica.
Um flash violento correu livre.
Um corte preto azeviche cortou tudo.
Pode-se dizer que foi um milagre eu ter conseguido reagir àquele ataque que veio de cima da minha cabeça.
Logo depois de segurá-la em meus braços e pular sem ligar para as aparências, o chão de pedra explodiu.
— ~~!?
Arrebatado pela onda residual, e depois de rolar várias vezes no chão, quando finalmente paramos, levantei o rosto.
O lugar onde eu estava alguns segundos antes foi feito em pedaços. Olhando para aquela cena em que o chão foi rasgado como se as garras de um dragão tivessem sido usadas, o suor começou a brotar em meu rosto.
Na frente do meu olhar assustado, no fundo da nuvem de poeira crescente… estava um único Elfo Negro.
Minha garganta trêmula fez um som.
— …Hogni-san?
Seu manto preto ondulante, sua espada negra sinistra e a pressão que não poderia ser produzida por alguém normal.
Depois de fugir de mim, ele estava me seguindo sem olhar para mim de novo? A existência que foi qualificada para ser chamada de Aventureiro de Primeira Classe da <Família Freya>, apareceu no beco onde só nós dois deveríamos estar.
— Que? Quem?
A situação era estranha. Ele era realmente o mesmo Elfo Negro que eu conheci antes?
A atmosfera que o cobria havia mudado completamente.
Eu não sabia o que tinha acontecido.
A única coisa certa era que eu estava prestes a ser derrubado por um aventureiro de primeira classe.
Não, sobre aquele ataque de agora…
Aquele corte não era para mim.
Aquela espada negra estava apontada para ela!?
— O que você está pensando?
Uma voz extremamente fria ressoou.
Uma voz controlada pela raiva.
Os olhos do Elfo Negro que se viraram perfuraram diretamente a garota que estava pálida em meus braços.
— O coelho branco é a oferenda para a Deusa. Garota, não deveria haver nenhuma boa razão para você cometer esse crime.
Coelho? EU?
Além disso, oferenda à deusa?
— Hogni-san, o que diabos você está dizendo!?
Ignorando-me enquanto mentalmente alterado, a existência diante dos meus olhos que liberou uma “intenção de matar” avassaladora, perguntei com firmeza.
— Depois vou terminar com você.
Eu empalideci.
As pontas dos meus dedos tremiam.
Quando me levantei abruptamente, o cabelo grisalho que estava ao meu lado tremeu.
— H-Hogni-san… eu…!
Não tenho ouvidos para te ouvir. O que eu vi, é apenas uma verdade imperdoável.
Diante da crescente intenção de matar de um Aventureiro de Primeira Classe, eu reflexivamente tirei a <Adaga Hestia> do meu quadril.
O Elfo Negro com seu olhar duro e frio, olhou para mim.
— Fique longe, coelho. Aquela garota tolamente quebrou seu “pacto” com a Deusa. Sendo assim, só tenho que cortá-la.
— O que… o que você está dizendo!?
— Eu te disse que vou jogar no esquecimento a existência que está atrás de você.
Não era uma ameaça.
Ele estava falando sério!!
— Tudo é para o bem da Deusa.
— Morra, garota.
Agitando sua capa, a espada negra cortou em nossa direção.
Notas
Hoje o capítulo foi curto, devido ao tempo que não tive durante o dia, tive que fazer uma faxina na casa, só durou o dia todo.
Amanhã eu irei finalizar esse volume, junto com os capítulos extras!
Até mais e comentem nos capítulos.
