Nidome no Yuusha Light Capítulo 44 – Vol 02 - Anime Center BR

Nidome no Yuusha Light Capítulo 44 – Vol 02

Capítulo 44 – O Espectro do Herói Topa com Diversas Situações Inesperadas

 

 

Isso aconteceu na tarde dois dias antes da Minnalis aumentar nosso ranque.

Naquele dia, eu entrei na mansão da Yumis pela porta de trás usada por seus funcionários.

“Whew. Fazer este tipo de trabalho realmente é cansativo.”

“Eu sei, né?”

“Parem de reclamar, vocês duas. Eles nos deixarão todos responsáveis se vocês forem ouvidos, e eu pelo menos não estou esperando ser punido com trabalho extra.”

“”Tááá.””

Três maids saíram do prédio e completaram suas tarefas de tirarem o lixo enquanto elas conversavam.

(Bem, hora de entrar.)

Eu passei pela porta de trás aberta depois de casualmente olhar para as maids e checar duas vezes para ver se elas ainda estavam focadas em seu trabalho.
Meu corpo atual era capaz de facilmente passar pelas paredes. A única razão pela qual eu me incomodei em passar por uma porta era porque esta mansão era da Yumis.

O fantasma criado pela 【Heart Flame Ghost Blade】 consistia completamente de energia mágica. Logo, ele podia passar logo por tudo físico, mas era altamente suscetível à outras energias mágicas. As paredes da mansão de Yumis haviam sido reforçadas com magia, e logo, passar por elas era até que difícil. Entrar por uma porta aberta era de longe a melhor opção entre as duas.

Invadir através da porta de trás iria, sob circunstâncias normais, incluir entrar numa barreira e disparar um dos feitiços personalizados de Yumis. O feitiço não só notificaria ela que alguém havia invadido e informado ela de quaisquer detalhes relevantes, mas também invocaria cinco golens altamente defensivos que iriam atacar os intrusos para comprar tempo.

Claro, aquelas condições só se aplicavam sob circunstâncias normais.

Minhas experiências passadas haviam me permitido aprender exatamente como o feitiço em questão funcionava. Em outras palavras, eu também sabia que ele não tinha efeito algum em mim na minha forma atual apesar de ser uma construção extremamente cuidadosa.

Eu estava completamente invisível e em uma forma espiritual. O único jeito de eu ser detectado era se eu fosse avistado por um indivíduo possuindo ou uma skill innata como Olhos Escarlates ou uma skill do mais alto calibre como Olho da Mente.

Não tinha como ela poder ter a skill que ela precisava para me avistar neste momento. Era algo que ela só seria capaz de obter depois de treinar comigo.

(Sabe, eu acho que esta é na verdade minha primeira vez aqui…)

Eu andei através de um corredor maravilhoso, bem decorado. Sendo um espírito, eu não podia sentir nadinha, mas ainda assim, eu era capaz de dizer que o carpete era macio. Ele parecia apenas tão espalhafatoso que eu não conseguia imaginar ele de qualquer outra maneira.

(Hmm… por onde eu devo dar uma passada primeiro…?)

A razão pela qual eu visitei a mansão de Yumis era para que eu pudesse descobrir exatamente o que eu precisava fazer para fazer ela sofrer o máximo possível. Eu sabia qual era o objetivo dela. Ela era completamente obcecada em criar um item mágico extraordinário o suficiente para lhe permitir ter seu nome gravado num específico monumento de pedra Elmian. Eu claramente recordo quão insana ela havia parecido quando ela tentou me capturar; ela havia parecido obsessiva e com visão afunilada. Era como se ela tivesse perdido completamente sua noção da realidade.

Eu sabia que ela sempre havia buscado realizar esse um objetivo, desde sua infância, mas eu nunca fui capaz de descobrir porque ela era tão obcecada assim com isso. Claramente havia mais do que apenas um sonho de infância. Seus olhos haviam passado para mim que ela havia visto a conquista algo que instantaneamente traria para ela algum tipo de benefício.

Descobrir a motivação dela me permitiria transformar isso na maior fraqueza dela. Havia até o benefício adicional de potencialmente descobrir as outras fraquezas menos conhecidas dela também.

Seria fácil para nós apenas escolhermos atormentar ela fisicamente, mas isso apenas não seria o suficiente.

Eu queria mais, muito mais do que só isso.

(Eu acho que eu tentarei procurar por algo como um escritório.) (NT: A palavra usada é “study”, que é estudo – mas essas salas são basicamente uma mesa e várias prateleiras com livros… eu ia colocar biblioteca, mas…)

Os segredos de Yumis estavam provavelmente escondidos em seu escritório, e seus desejos em seu diário, se ela por acaso ter um. Dar uma olhada em ambos tinha uma boa chance de me fornecer a informação que eu precisava.

O senso comum deste mundo ditava que aqueles com um status superior eram donos dos quartos nos andares superiores, então eu imediatamente subi as escadas.

O prédio era extremamente vasto, e exatamente o que alguém esperaria de uma mansão pessoal separada para a filha de um lorde feudal.

“Huh? O que… foi isso agora mesmo…?”

Uma das maids virou ao redor no que eu passei por ela, uma ação que me fez parar no lugar e enrijecer.

Ela, uma mulher em seus vintes anos, com um rabo de cavalo azul-roxo, passou o olho pelos arredores gerais com um olhar confuso em seu rosto.

(Tsk! Ela me notou!?)

Sori Luelle | 13 anos | Mulher | Humana

HP: 310/310
MP: 222/222
Level: 23

Força: 183
Vitalidade: 143
Estamina: 144
Agilidade: 208
Poder Mágico: 119
Resistência Mágica: 122

Skills Inerentes: 「Intuição」

Skills: 『Tolerância de Dor Lv2』 『Detectar Presença Lv1』 『Ocultar Presença Lv1』 『Desmantelar Lv3』 『Visão Noturna Lv3』 『Swordmanship Lv2』 『Audácia Lv1』 『Aceleração de Pensamento Lv1』

Estado: Bom

(NT: Detalhes na mudança do status – agora fala a raça, no caso humana, como Estamina virou Vitalidade e Resistência virou Estamina, o que faz muito mais sentido…)

A página de status dela não parecia indicar que ela era capaz de me ver. A skill inata dela, Intuição, deve ter agido.

“… Deve ter sido só minha imaginação.”

Sori, a maid, inclinou sua cabeça e continuou vistoriando da área um pouco antes de finalmente decidir continuar seguindo seu caminho até o primeiro andar do prédio.

(Oh merda!)

“Bem vinda de volta, Yumis.”

“Hey Sori.”

Contudo, eu não fui permitido uma chance para relaxar, no que Yumis, o inseto repugnante que eu queria esmagar, havia subitamente aparecido no fundo da escadaria também.

“Você não estava marcada para passar o resto do dia no escritório municipal?”

“Carimbando papéis à parte, eu terminei todo o trabalho do dia. Eu posso apenas fazer isso aqui, então eu decidi visitar para eu poder dar uma respirada de ar fresco. Eu estou tendo os documentos que eu preciso carimbar sendo entregues, mas eles ainda não estão aqui, então eu pensei que seria uma boa ideia nós duas tirarmos um pouquinho de tempo para podermos relaxar até eles chegarem. Você poderia levar o usual para meu quarto?”

“C-claro. Eu farei exatamente isso imediatamente.”

“Fufufu. Eu te vejo lá em cima, então.”

(Huh, isto na verdade parece uma chance muito boa para aprender um pouco mais sobre a vida pessoal dela.)

Eu senti que eu estava abaixando minha guarda um pouco demais, mas eu não podia deixar passar a chance que me foi presenteada. Ver Yumis falando com a maid me lembrou da identidade dela. Ela era tanto a confidente de Yumis como também a pessoa cuidando de sua irmã. Yumis confiava tanto nela que ela havia deixado seus deveres como lorde feudal para ela ao deixar seu posto vago.

A maid claramente sabia de muito, e estava provavelmente ciente das circunstâncias de Yumis. Disso, eu percebi que esta era uma chance para eu espiar Yumis no que ela reclamava, grunhia, e em essência, sofria.

Os cantos dos meus lábios se torceram para cima no que eu persegui atrás do par.

A razão inicial pela qual eu segui elas era porque eu pensei que em fazer isso me deixaria avistar uma cena ou duas interessantes. Eu não estava preparado para fazer nada além do que rir junto no que eu ouvia ela falar sobre suas preocupações.

Simplesmente não tinha como eu estar preparado para ser exposto ao que eu fui.

Nenhum um pouquinho que seja.

“Nnnn… Fufufu… é assim que você gosta, certo?”

“Hyaaaauuun… N-não aí, Yumis! Hyaah! Aaaah… nnn… Ngggghh…!”

“Você é tão fofa, Sori. Você não precisa se conter, tá? Gema o quanto você quiser.”

“Nnnhh… Aaahhhhhh!”

(Que diabo? Elas estão acasalando como porcas…!)

Acasalar tecnicamente não era a palavra correta, vendo que ambas eram do mesmo gênero, mas o ponto permanecia. Eu teria amado assistir elas se fossem por acaso um par de garotas fofas sem relação alguma com a vingança que eu queria fazer, mas elas sendo quem elas eram só deixaram a situação toda sendo um enorme brochante.

Pensando sobre isso, eu devia ter percebido que havia algo errado no momento que Yumis sugeriu especificamente irem para o quarto dela. As duas haviam fechado as cortinas, trancado a porta e até queimaram alguns incensos aromáticos antes de partirem para o ato. Ainda, eu nunca esperaria que elas iriam começar a foder em pleno dia. A propósito, o “usual” era na verdade uma referência para um tipo de lubrificante viscoso.

Sua aderência fazia as duas parecerem um par de vermes presas juntas ao invés de qualquer outra coisa.

(Na verdade, quer saber? Yumis sendo uma lésbica não é uma coisa tão ruim para se aprender.)

Eu recordei que o coração da Yumis não havia jamais balançado nem um pouquinho durante minha primeira passagem. Ela nunca ligou, independentemente de quão boa pinta os homens que cantavam ela eram. Em outras palavras, ela não era bissexual. Ela se interessava somente em mulheres. (NT: Tenho a impressão que a ferramenta mágica que ela quer fazer tem ligação com isso, não sei)

“Aaahh… Nnnn… Nnghhh…”

(Ugh… tá bom, que se dane isto, estou fora. Eu não consigo aguentar mais do que isto.)

Eu senti como se eu tivesse levado dano mental demais e acabaria sendo forçado à voltar para meu corpo real se eu continuasse assistindo mais.

Eu passei pela porta enquanto lamentava o fato que eu havia levado dano inesperado sem razão alguma.

(Eu acho que eu devo voltar a procurar pelo escritório dela.)

Ela estaria se aproveitando por algum tempo por vir, então parecia que eu teria um bom tempinho em que eu poderia permanecer semi-materializado e olhar ao redor.
Notando isso, eu balancei minha cabeça para limpar ela da cena desagradável que eu acabei de ver e subi as escadas.

Eu comecei a entrar e sair os quartos por perto para poder explorar seus interiores.

Levou um tempo, mas eu realmente acabei encontrando o que parecia ser o quarto que eu estava procurando.

(Parece que este quarto tem duas barreiras físicas diferentes nele. Eu não consigo realmente entender os detalhes porque ele tem algum tipo de aparelho dentro que foi feito para proteger ele contra pessoas esperando dar uma espiadinha, mas eu posso ao menos dizer que há algum tipo de círculo mágico dentro, e que ele está afetando o quarto inteiro.)

A quantidade de defesas no quarto havia quase feito ele parecer protegido minuciosamente demais. Era ao ponto em que se tornou realmente óbvio que ela estava desesperadamente tentando esconder o que quer que havia dentro dele. O fato que ela tinha um aparelho armado para prevenir que as pessoas espiem dentro do quarto com magia significava que o círculo mágico em si não foi feito para sentir ou detectar coisas, no que os dois efeitos iriam acabar trabalhando um contra o outro. Em outras palavras, o círculo mágico provavelmente continha um feitiço que tentaria causar mal aos intrusos.

Ela deve realmente não querer ninguém entrando no quarto.

Eu não tinha que ligar para as barreiras físicas porque eu estava em uma forma inteiramente espiritual, mas eu de fato tinha que ser cuidadoso do círculo mágico e sua área de efeito. Isso dito, entrar no quarto poderia levar à uma gama inteira de casos diferentes, então eu alterei o exterior do meu corpo espiritual ao dar para ele resistência mágica extra.

Apesar de eu ter identificado o círculo mágico como uma ameaça, não era uma que eu pensei como um perigo imediato. Parecia ser de uma ativação até que lenta, então não deve ter muito perigo em eu entrar no quarto, investigar ele e então decidir se eu devo ou não ficar depois de descobrir seus efeitos precisos.

(Okay. Hora de descobrir os segredos de Yumis.)

Eu passei tanto pela porta como a barreira feita para detecção para poder entrar no quarto. Eu tive certeza de permanecer cauteloso para que eu não fosse danificado independentemente dos efeitos produzidos pelo círculo mágico dentro dele.

O que eu achei não era nada como o que eu esperava ver, no que o conteúdo do quarto deixou muito claro que não era o escritório de Yumis.

Haviam animais de pelúcia por toda parte, e nem uma única mesa larga à vista. Até onde eu podia dizer, o quarto era um feito para convidados. Havia apenas uma pessoa dentro dele, uma jovem garota que eu lembrava como sendo a irmã mais nova de Yumis.

Eu acabei achando algo estranho ao contrário de uma chance de cavar pelos segredos mais profundos e sombrios de Yumis.

(Que… diabos…? A energia mágica neste quarto está claramente indicando que há algum tipo de feitiço de contrato ocorrendo aqui… mas por que exatamente esse seria o caso…?)

O círculo mágico dentro dele acabou não sendo do tipo que afetava intrusos. Ele ao invés disso era do tipo que forçava seu alvo carregar uma maldição.

(E parece que a irmã mais nova dela é seu alvo? Que diabos está acontecendo aqui…?)

Manter o feitiço era uma tarefa simples, mas ativar ele requeria um tipo de energia mágica que apenas Seres Demoníacos, criaturas de uma raça derivada de demônios podiam controlar.

Eu não entendo porque Yumis tinha um desses em sua residência particular.
Nem eu entendo porque ela tinha algo assim, algo que ela precisava esconder de olhos incheridos, tendo como alvo sua irmã mais nova.

(Isso é tudo que eu consigo dizer num olhar. Eu acho que eu terei que avaliar a coisa se eu quiser descobrir mais alguma coisa.)

Eu cheguei à uma realização no que o pensamento passou pela minha cabeça.

“…”

(Huh…?)

A irmã de Yumis, que estava sentada pela sacada, havia inclinado sua cabeça e tão levemente abriu sua boca enquanto olhava para mim com suas pupilas escarlates.

(… Escarlate? Espera, espera, você tem que estar zoando comigo!)

Os olhos dela permaneceram presos em mim independentemente se eu movia para esquerda ou direita. Ela podia claramente me ver, com o que era obviamente um olhar suspeito.

Eu decidi avaliar ela apenas para ter certeza que eu não estava imaginando coisas.

“Isso é… um fantasma…?”

(… Cara, hoje está sendo apenas cheio de surpresas.)

Shuria | 14 anos | Mulher | Humana (Traços Elfícos)

HP: 322/322
MP: 525/525
Level: 31

Força: 133
Vitalidade: 213
Estamina: 194
Agilidade: 288
Poder Mágico: 549
Resistência Mágica: 522

Skills Inerentes: 「Olhos Escarlates」

Skills: 『Detectar Presença Lv1』 『Ocultar Presença Lv1』 『Magia de Água Lv1』 『Magia de Vento Lv1』 『Meditação Lv3』 『Desmantelar Lv3』

Estado: Bom (Prestes a ser contratualmente amaldiçoada)

PORRA
(Por que diabos ela tem Olhos Escarlates?)

Aparentemente havia mais um monte de coisas acontecendo aqui do que eu pensei que teriam.

Eu podai dizer isso com certeza porque eu ainda me recordei vividamente da garota, e eu podia dizer com certeza que, quando eu encontrei ela, seus olhos haviam sido qualquer coisa menos escarlates.

 

 

“Ojou, eu lhe trouxe sua refeição.”

“… Obrigada.”

Shuria respondeu à batida na porta ao colocar um marca página na novela em que eu estava lendo e a deixando de lado. Apenas depois de olhar para fora da janela foi que Shuria percebeu que já era meio dia. O livro foi tão entretido que fez Shuria perder a noção do tempo. (NT: Esta personagem, segundo uma nota no final, tem a mania de falar o próprio nome ao invés de “eu”; no Japão, isso é uma característica meio fofinha e tal – apesar de ficar meio estranho para gente, quero manter assim)

A exata peça de trabalho que Shuria estava lendo era uma que um monte de outras damas haviam começado a falar sobre recentemente. Ela descrevia um romance, um entre um conde com sangue de fada e uma jovem escrava. Seu enredo focava particularmente nos problemas que eles tinham que superar para poderem perceber suas paixões ardentes um pelo outro. Shuria havia apenas começado a ler isso, mas já ficou intrigada e não podia deixar de querer saber como acabaria.

Eu realmente acho que a novela era uma maravilhosa, mas as partes mais ob-obscenas deixaram Shuria embaraçada e tornou isso um pouco difícil para Shuria ler.

“Seu almoço hoje é um Filé de Bife Muroo, um Caldo de Batata e uma salada feita de Ervas Naruna. Eu terei uma Eppia resfriada aguardando você como sobremesa assim que você terminar.”

Shuria se moveu até a larga mesa em que uma das maids, Sori, arranjou a refeição de Shuria e se sentou no assento mais próximo da sacada. Sori esteve trabalhando para cuidar de Shuria pelos últimos três anos, e esteve realmente fazendo bem seu trabalho.

Apesar dela basicamente não ter expressões, ela era bem gentil e meiga. Além do mais, ela sabia exatamente o que significava ser uma maid. Isso é, ela não fala demais, e tem certeza de nunca ir além de seus limites.

“Você gostaria de se juntar à Shuria, Sori?”

“Eu sinto terrivelmente muito ojou, mas eu sou meramente uma baixa maid. Eu não poderia possivelmente me trazer à comer na mesma mesa que você ou Yumis-ojou, sua irmã mais velha.”

Sori se curvou para se desculpar no que ela respondeu minha questão.

Shuria não podia deixar de pensar em Sori como alguém realmente realizada. Apesar dela ter trabalhado como a cuidadora de Shuria, ela também achou tempo o suficiente para fazer muito mais do que só isso. Ela frequentemente ajudaria em tomar decisões sobre nosso território quando necessário, e até agia como a confidente da irmã mais velha de Shuria. Na verdade, as duas foram amigas desde a infância.

Seu rosto galante, de aparência legal, cabelo azul-roxo preso, e corpo charmoso, feminino faziam Shuria ter um pouco de inveja dela. Ela era muito diferente e Shuria, que, apesar de ser humana, tinha óbvio e grosso sangue Élfico. Shuria já tinha 14 anos, mas ainda parecia realmente infantil, principalmente devido à minha altura e peitos.

“Como você se sente sobre os gostos dos pratos? Eu acredito que o chefe decidiu usar uma receita levemente diferente hoje.”

“Eles são tão deliciosos que quase parecer serem desperdiçados em Shuria.”

“Isso é ótimo. Eu passarei seus elogios para o chefe.”

Shuria estava realmente cheia pela hora que Shuria finalmente terminou a Epiia que teve para sobremesa.

Sori teve suas subordinadas levarem embora os pratos vazios depois que Shuria terminou de comer.

“Umm… sobre a coisa de costume…”

“Você deve querer dizer o novo animal de pelúcia. Por favor aguarde apenas um momento.”

Sori deixou o quarto e retornou brevemente em seguida.

“O que você acha deste aqui?”

“… Obrigada. É maravilhoso.”

O animal de pelúcia que Sori comprou para Shuria hoje era um que parecia um grande ursinho. Seu corpo de retalhos vermelhos e amarelos, boca costurada e olhos de botões azuis faziam ele parecer realmente fofo. Melhor de tudo, ele era realmente peludinho e fofinho.

“Por favor nos dê licença, no que nós agora deixaremos você com seus assuntos. Por favor deixe as maids estacionadas fora de seu quarto saberem se tem qualquer coisa que você por acaso precise.”

“Este aqui é realmente fofo, então eu acho que Shuria terá que colocar ele bem aqui.”

Shuria acabou colocando o animal de pelúcia novinho em folha bem ao lado do travesseiro de Shuria.

“… Okay! Hora de passar pela rotina diária de Shuria!”

Shuria propositalmente fechou seus punhos e falou alto como que para se encorajar. O ato que Shuria estava para repetir pela enésima vez era um que Shuria tentava fazer todo dia: se exercitar.

A mansão em que Shuria estava vivendo era de um nobre, ou mais especificamente, uma pertencendo ao lorde que governava a área. A comida que as maids serviram para Shuria era deliciosa, e as porções sempre são realmente grandes. Shuria, como uma garota de ordinária de vila, com certeza começaria a ganhar peso se continuasse comendo tais comidas luxuosas dia após dia, especialmente quando Shuria estava confinada em seu quarto. Shuria esteve tendo certeza de se exercitar todo dia, tanto para se prevenir de ficar gorda e mitigar o stress que havia se acumulado por ficar enfiada no quarto o dia inteiro. Mas não importa quão duro Shuria se exercite, Shuria nunca foi capaz de formar qualquer músculo, principalmente devido ao sangue élfico de Shuria. Por isso, Shuria na verdade estava um pouco agradecida, no que Shuria não queria realmente desenvolver um torso que parecesse musculoso.

Shuria entrou e usou o chuveiro no banheiro, conectado à suíte de Shuria, após suar um pouco. Tomar banho não era algo que Shuria teria sido capaz de fazer quando Shuria vivia na vila. Lá, Shuria somente se banhou no rio pelo meio dia, quando ainda estava aquecido.

Shuria estava um pouco preocupada sobre quão estranho Shuria se sentiria ao retornar para sua vida antiga e perder acesso ao chuveiro, então Shuria pensou em restringir seu acesso à ele, mas não conseguia. Shuria não era capaz de resistir o conforto que ele trazia.

“… Isso foi ótimo.”

“Essa é uma aparência bem imodesta aí, Shuria.”

“Y-Yumis!?”

A irmã de Shuria, Yumis, parecia ter estado esperando por Shuria terminar seu banho, no que ela estava sentada na cadeira que Shuria sempre usou, aquela pela sacada. Seu rosto era lindo, e seu sorriso gentil como sempre. Seu cabelo, que refletia toda a beleza natural de uma exuberante floresta verde, brilhava em resposta à luz brilhando pela janela.

Como que em contraste à ela, Shuria estava vestida com nada além de uma toalha de banho.

“D-desculpe!”

Shuria apressadamente pegou um conjunto de roupas e se trocou nele.

“Você não precisa estar em nenhum tipo de pressa, especialmente porque eu sou culpada também. Eu podia ter sido mais cuidadosa com meu timing.”

“D-definitivamente não é sua culpa! Shuria sabe que você é realmente ocupada, então não se culpe!”

Shuria se sentou do outro lado de sua irmã mais velha depois de garantir que Shuria estava vestindo roupas e não parecia nem de perto tão desagradável quanto Shuria esteve apenas alguns momentos antes.

“Eu por acaso consegui em minhas mãos alguns doces deliciosos, e estava imaginando se você gostaria de dividi-los comigo. Oh, e eu também consegui a carta de costume para você também. Sinta-se livre para ler em sua descontração.”

“Obrigada! Muito obrigada por tudo que você sempre faz por Shuria!”

Shuria pegou a Carta de Mensagem de Áudio que Yumis entregou e colocou dentro de uma das gavetas de sua escrivaninha. Shuria queria ouvir seu conteúdo imediatamente, mas decidiu que preferiria ao invés disso passar um tempo com sua irmã em razão de quão raro uma oportunidade isso era.

“Esta carta provavelmente será a última. Eu estou na beira de completar o feitiço, então você em breve será capaz de ver sua família de novo.”

“Muito obrigada! Essas Cartas de Mensagem de Áudio que você tem entregado para Shuria realmente ajudaram ela se sentir em casa.”

“Não se preocupe com isso. Eu tenho certeza que eu estive lhe deixando se sentir realmente sozinha nesses últimos anos, então é apenas natural que eu tente lhe ajudar a lidar com isso. Além do mais, minha Avó foi quem inventou a Carta de Mensagem de Áudio, então conseguir algumas para você todo mês realmente não é nada demais.”

Yumis sorriu de seu jeito gentil de costume. Seu sorriso era tão bonito que ele encantou Shuria e fez Shuria encarar ela toda e cada vez.

“Tudo bem, por que nós não começamos a comer? O chá provavelmente começará a ficar frio em breve se não fizermos isso.”

“Okay.”

E então, nós duas passamos um pouco de tempo juntas com chá. Yumis era uma pessoa realmente ocupada, e tinha que correr por aí extensivamente, então nós não realmente tínhamos muitas chances de passar tempo juntas. Contudo, ela sempre tentou visitar Shuria para que nós pudéssemos aproveitar a companhia uma da outra de qualquer jeito.

Apesar da gente só ter se encontrado três anos atrás, Shuria não podia deixar de sentir que ela, a irmã mais velha de Shuria, era o orgulho de Shuria.

Shuria descobriu primeiro que era irmã mais nova da Yumis cerca de três anos atrás.

A vila em que Shuria cresceu era uma vila pequena e remota ao nordeste desta cidade, de Ermia. Ela era cercada por todos os lados por densas matas, e ficava no pé de uma montanha.

A família de Shuria se consistia em Shuria, sua mãe e sua irmãzinha.

Shuria não tinha um pai, um fato que a mãe de Shuria nunca sequer tentou trazer numa conversa. Apesar disso, nós nunca realmente passamos fome, em parte pela ancestralidade élfica de Shuria, que havia abençoado Shuria com um talento assustador para magia.

Shuria sempre teve cabelo loiro dourado, pele lisa e orelhas pontiagudas que você normalmente só encontraria em Elfos. A mãe de Shuria sempre lhe disse que isso era porque sua Avó era de sangue élfico. (NT: A avó da mãe, aparentemente)

Shuria também tinha uma skill inata, uma chamada “Olhos Escarlates”. Ela permitia que Shuria percebesse energia mágica, antes mesmo dela ser formada em um feitiço. Era um feitiço muito conveniente que ajudava em conjurar magia.

Como a vila havia sido fundada por aventureiros, ela sempre foi um lugar pacífico que aceitava ambos beastkin e demi-humanos como elfos e anões. Shuria havia conseguido fazer dinheiro o suficiente para se manter pelos atos de usar magia e emular aventureiros. Shuria nunca foi capaz de fazer o suficiente para que nós fossemos consideradas ricas, mas Shuria estava feliz de qualquer jeito.

Um dia, todos aqueles dias felizes subitamente vieram à um fim.

Shelmy, a irmã mais nova de Shuria, contraiu uma doença. Não era algo que colocava a vida dela em risco, mas ao invés disso era algo que fazia ela sofrer uma dor intensa, constante.

Isso podia ser curado se nós apenas tivéssemos um elixir, mas isso não era algo que a família de Shuria era capaz de pagar, não importa o quanto nós forçássemos nossas finanças.

Shura tentou e tentou seu melhor para economizar o máximo de dinheiro possível, mas nunca conseguiu ter o suficiente para comprar o elixir que precisávamos. Por essas horas, nós havíamos acabado com nossas opções. Nós até começamos a considerar se nós devíamos ou não apenas vender Shelmy embora. (NT: Por um instante, por serem elfas, eu pensei em prostituição, mas não, era vender a irmã doente mesmo…)

E foi então que Shuria finalmente encontrou Yumis, sua irmã mais velha.

Shuria descobriu que sua mãe havia sido uma vez uma maid no serviço do lorde de Ermia. Ele assumiu ela como uma de suas amantes, e ao fazer isso, fez com que Shuria nascesse. Shelmy foi concebida do mesmo jeito. A esposa do lorde, contudo, havia odiado a mãe de Shelmy, e então, espantou ela depois que Shuria nasceu, dando para ela um pouco de dinheiro como consolo. Ela acabou levando Shuria, que era apenas uma criança na época, embora com ela. Foi assim que nós duas acabamos então vivendo na vila no pé da montanha.

Em outras palavras, Shuria descobriu que Yumis era sua, nossa meia-irmã.

Ela havia vindo à vila porque ela havia ouvido das minhas habilidades mágicas. Especificamente, ela ofereceu que Shuria fizesse um ritual para poder lhe dar seus poderes. Em troca, ela disse que ela providenciaria o elixir que Shelmy precisava, dinheiro o suficiente para apoiar a família de Shuria pelo resto de seus dias, e uma promessa em nos ajudar em nossos tempos de necessidade.

Era uma oferta que Shuria aceitou sem sequer um momento de hesitação. Shuria estava um pouco desapontada em realizar o ritual que lhe causaria a perda de suas habilidades mágicas, mas isso não valia nem de longe tanto quanto a felicidade da família de Shuria.

Shuria partiu com Yumis depois de observar sua irmã mais nova beber o elixir e se recuperar.

O ritual precisava que Shuria cumprisse várias condições para ter sucesso. Shuria não era permitida a deixar seu quarto nem encontrar quaisquer familiares de sangue além da Yumis.

Yumis sabia que passar três anos sozinha num quarto deixaria Shuria solitária, então ela saiu de seu caminho para permitir à Shuria uma oportunidade para interagir com o resto da família de Shuria uma vez por mês através de uma Carta de Mensagem de Áudio. Era um item realmente conveniente, no que nem Shelmy ou a mãe de Shuria sabiam como escrever.

Ela também saiu de seu caminho para passar tempo com Shuria toda vez que ela conseguisse arrumar quaisquer lanches chiques mesmo quando ela estava ocupada com tanto pesquisa mágica como funcionar como a lorde temporária da área. Apesar disso, ela ensinou Shuria à ler e escrever para que Shuria tivesse mais coisas para fazer. Yumis até disse para Sori trazer para Shuria todos os animais de pelúcia e livros que Shuria pudesse pedir. Não levou tempo algum para que Shuria começasse a realmente pensar em Yumis como sua irmã mais velha.

Yumis contou para Shuria que ela teve tanto a mãe de Shuria quanto Shelmy se mudando para Ermia para que todas nós pudéssemos viver juntas assim que Shuria terminasse de transferir suas habilidades mágicas para ela. Aparentemente o lorde e sua esposa já haviam se mudado para uma de suas mansões na capital real e deixaram todas suas tarefas para Yumis. Não havia qualquer problema com minha família voltando para a cidade.

Yumis era tão gentil que ela sempre parecia apologética à Shuria por ter Shuria trancada em seu quarto por tanto tempo quanto ela fez, mesmo quando ela já havia feito tanto por Shuria.

Shuria não podia aguardar para finalmente ser capaz de ver ambas sua mãe e Shelmy pessoalmente de novo.

Ouvir as vozes delas apenas não era o suficiente. Tinha muitas coisas que permaneceram sem ser ditas.

Shuria realmente queria ver quanto Shelmy havia crescido. Ela não parecia ter assumido muito de sua herança élfica, então Shuria suspeita que ela já possa ter crescido à ser mais alta que Shuria.

Shuria também realmente quer comer a torta de ricota recém feita de sua mãe. Era um dos favoritos pessoais de Shuria, e algo que Shuria tinha certeza que Yumis iria gostar também.

Seria apenas maravilhoso se nós quatro pudéssemos todas nos sentarmos e tomar chá algum dia.

Apenas o pensamento disso deixa Shuria incrivelmente alegre. Shuria não conseguia esperar!

Shuria havia pensado que seus dias continuariam a passar apenas como eles haviam durante os três últimos anos.

Mas então um dia, as coisas mudaram de novo, no que Shuria por acaso acabou avistando um fantasma de aparência estranha.

Ou aliás, um espírito de aparência estranha.

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