Capítulo 14 – Ahh~ que alívio~
No dia seguinte, Nux e Felberta estavam com pressa porque já eram oito da manhã e ela precisava estar pronta às nove.
— Ugghh! Isto é tudo culpa sua, quem mandou ter ereções toda manhã? Não só isso, você até teve coragem de esfregar a barraca na minha bunda!
Exclamou frustrada a Viscondessa.
Nux, por outro lado, congelou quando ouviu isso e reclamou internamente.
Do que diabos esta mulher está falando? Como diabos vou me controlar quando estou abraçando você? E estou esfregando minha tenda em você? Tá brincando comigo? Quem foi que estava balançando o traseiro na frente do meu pau e me provocando? HEIN?
É claro, ele não podia dizer alto, então continuou fingindo e coroou.
— S-Sinto muito… Eu m-me certificarei de não ficar assim de manhã…
— Ah! Não, não tem que fazer isso… é um bom sinal ficar duro toda manhã, não mude.
A Viscondessa Felberta sentiu ter perdido algo precioso quando o ouviu e corrigiu rapidamente.
— T-Tudo bem, ficarei o mais duro possível toda manhã…
Desta vez, foi a vez da Viscondessa corar. Ela ficou perplexa pela resposta, mas no final, só pôde acenar.
— B-Bom.
A manhã caótica continuou, as empregadas foram chamadas para limpar a cama que tinha leite de Nux espalhado por toda parte. Felberta correu para o banheiro enquanto Nux continuava olhando as empregadas limpando sua p*rra, inexpressivas.
Era como se elas fossem treinadas para não exibir nenhuma expressão em qualquer situação.
Notando isso, uma vontade incontrolável de ver algumas expressões nos rostos destas empregadas surgiu em sua mente.
Naquele momento, os corpos das empregadas tremeram por algum motivo desconhecido. Era como se estivessem na mira de algum animal selvagem.
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Cerca de quarenta e cinco minutos depois, a Viscondessa Felberta entrou no quarto, pronta para ir à festa. Ela usava um vestido de seda preto chamativo e seu cabelo foi amarrado num coque enquanto usava uma maquiagem leve. Combinando tudo isto com seu rosto lindo e corpo tentador, ela parecia realmente cativante.
— Como estou? — Ela olhou para Nux e perguntou.
— … — Nux permanecei onde estava, congelado.
Ela franziu as sobrancelhas e acenou: — Olá? Nux?
— Ah! Hã?
— Como estou?
— Linda… linda demais… — ele murmurou suavemente antes de sair do atordoo e respondeu: — Ah! Quero dizer, você parece realmente bem, Madame.
Satisfeita com a reação, a Viscondessa assentiu com um sorriso: — Tudo bem, estou indo agora. Cuide-se! Peça o que quiser às empregadas, tudo bem?
Nux não tinha a posição para ir com ela, afinal, era apenas um Brinquedinho. Mesmo que a Viscondessa Felberta não pudesse vê-lo mais dessa forma, aos olhos dos outros, ele era. É claro, Nux não se incomodou também, fazia dois dias desde que chegou neste mundo e não estava com pressa de melhorar de posição.
Quem sabe? Talvez na próxima festa destas ele pudesse ser o convidado principal?
É claro, Nux não esqueceu de se aproveitar da situação e aprofundou sua impressão na mente da Viscondessa.
— S-Sim, v-volte logo… — Nux murmurou suavemente.
— Oh? Por que deveria voltar logo? Você sentiria minha falta se eu não voltasse?
— Si- Não! Não! Quero dizer, aproveite a festa ao máximo… Esperarei por você… — Nux respondeu corado.
— Hahaha~ Não se preocupe, só estava provocando você. Voltarei o mais rápido possível. — A Viscondessa sorriu enquanto saía.
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Quando entrou na sala de estar, Felberta viu duas mulheres que usavam vestidos de seda vermelho e roxo, sentadas à sua frente e conversando entre si, sorridentes.
Estas duas eram Florence Rieds e Willa Harte, ambas eram Viscondessas e amigas próximas de Felberta.
Havia dois homens usando o mesmo traje que Joyab atrás delas. Estes dois eram seus mordomos.
Willa notou Felberta vindo e se levantou enquanto cumprimentava: — Dia, Irmã Fel.
Florence também se levantou e seus olhos brilharam quando avistou Felberta.
— Ora ora, alguém está parecendo muito encantadora hoje? Qual é o problema? Por que seu rosto parece tão brilhante e vivaz?
— Hã? O que quer dizer? Não pareço brilhante e vivaz sempre?
— Ha! Lá vai você novamente com seu narcisismo. — Florence revirou os olhos.
— Mas a Flor está certa, embora você sempre tenha sido charmosa, você parece um pouco diferente hoje… — Willa murmurou.
Embora Flor e Willa não fossem tão lindas quanto Fel, ainda podiam ser chamadas de beldades. Flor tinha um corpo pequeno, cabelos loiros e um narizinho. Combinado com sua atitude energética, ela parecia animada e fofa. Além disso, ela era a mais jovem das três, tendo apenas vinte e quatro anos.
Willa, por outro lado, era o oposto, seus seios eram maiores que os de Fel, combinados com seus cabelos negros com textura castanha. Ela tinha um charme materno e era a mais velha do grupo, tendo trinta e um anos.
— Qual é, Irmã Willa? Sei que ela é uma causa perdida, mas por que está se juntando a ela? — Felberta reclamou.
— Haah!? Quem você está chamando de causa perdida!? Você quer brigar?! — Flor retrucou.
— Hahaha! — As outras duas começaram a rir enquanto Willa murmurava: — Tudo bem, podemos conversar na carruagem. Vamos lá! Não podemos chegar atrasadas na festa.
Felberta e Florence assentiram e as três foram para a carruagem.
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Após uma hora na carruagem, as três chegaram na frente de uma grande mansão onde estavam pessoas diferentes usando roupas caras.
Vendo a atmosfera animada, Flor respirou fundo enquanto se regozijava: — Haaah! Isto é bom! Finalmente não preciso ficar enfurnada na minha mansão fedorenta fazendo trabalho fedorento!
Fel e Willa reviraram os olhos após ouvi-la. As três foram acompanhadas por seus respectivos mordomos. O mordomo de Flor não pôde deixar de balançar a cabeça internamente enquanto lamentava.
Por que você está reclamando, sou eu que faço o trabalho todo… Você apenas se senta lá e reclama…
Ninguém sabia de seus problemas…
Enquanto as três olhavam ao redor animadas, uma voz fez as três e seus mordomos, franzirem as sobrancelhas, especialmente Joyab.
— Viscondessa Felberta, vejo que parece estonteante como sempre.
— Sim, isso é verdade, eu pareço estonteante, mesmo que eu mesma diga isto. Porém, Visconde Heydon, devo dizer, você ainda é nada criativo como sempre. Esta é a décima terceira vez que ouço você repetir a mesma fala no começo da conversa.
Felberta se virou para ver um homem parado atrás dela, seu rosto tremendo devido à resposta.
Ele era Heydon Youngee, um Visconde que gostava de Felberta, mas foi rejeitado e agora a importunava toda vez que se encontravam na esperança de ganhar seu coração.
Deixando a aparência de lado, embora não pudesse ser chamado de feio, não era bonito também. Cabelos loiros, vestimenta refinada e qualquer e nariz pontudo combinado com aquela verruga na bochecha lhe davam uma aparência astuta, que, na realidade, não estava longe da sua personalidade.
É claro, não importa quão astuto fosse, jamais ousou usar truques na Viscondessa Felberta.
Não, não foi porque estava com medo de alguma regra ou algo do tipo, mas porque tinha medo da própria Felberta.
Uma mulher linda com um marido morto, uma mãe e uma Viscondessa; quem não ficaria encantado por ela e iria querer torná-la sua? Vários tentaram, mas todos falharam.
Ela, sendo capaz de sobreviver nestas condições, provava que, embora pudesse parecer com uma mera Viscondessa, as coisas não eram tão simples.
Heydon, considerando este fator, investigou seu passado e descobriu informações chocantes.
Alguns anos atrás, houve um Conde que gostava de Felberta e queria torná-la em sua concubina. Após ser rejeitado, ficou furioso e decidiu drogá-la e forçá-la.
No final, além de falhar, Felberta exigiu compensação. Achando que seria resolvido com este pagamento, o Conde concordou.
Contudo, “coincidentemente” um dia após entregar a compensação, todos os seus crimes foram expostos ao público com provas irrefutáveis.
É claro, não havia nobre no mundo que não houvesse cometido crime algum.
Entretanto, como dizem, enganar não é um ato digno de punição. Ser pego é.
O Rei foi forçado a agir e o Conde foi rebaixado a Barão.
É claro, a punição não foi tão simples quanto parecia. Como um ex-Conde, agora Barão, poderia sobreviver sendo inimigo de uma Viscondessa e de incontáveis outros inimigos?
Incapaz de aguentar a pressão, o Conde vendeu todas as propriedades e saiu do reino.
O que aconteceu depois era desconhecido.
Sabendo disto, Heydon não ousou realizar truques. Até um Conde foi incapaz de escapar, então como ele, um mero Visconde, poderia arriscar? Embora gostasse de beldades, ele amava mais sua vida.
— Tudo bem, se não tem mais nada a dizer, estamos de saída, já que precisamos encontrar alguns amigos.
Vendo que ele estava pensando em algo, Felberta aproveitou a chance e se afastou sem dar outra olhada.
Heydon rangeu os dentes enquanto seus olhos recaíam em outra mulher. Arrumando o cabelo, ele sorriu e se aproximou.
— Viscondessa Friede, vejo que está linda como sempre…
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A festa começou.
Na verdade, festas de aniversário normais eram realizadas à noite, mas o Marquês Eduart realmente adorava sua filha e por isso realizou esta festa grandiosa que cobria café da manhã, almoço e jantar.
Nestes tipos de festas grandiosas, somente nobres de baixo nível como Barões e Viscondes precisavam chegar durante a manhã. No passado, estes nobres costumavam chegar de manhã para construir relações, mas com o passar do tempo, se tornou um costume e agora era considerado desrespeitoso se um Barão ou Visconde não chegasse neste horário.
Portanto, agora, todas as pessoas aqui eram Barões ou Viscondes. É claro, a coisa notável foi que o Marquês Eduart cumprimentou pessoalmente os convidados sem se importar com sua posição. Isto deixou todos felizes e até se sentiram afortunados por terem se juntado a festa.
Após o Marquês sair, os Barões tentaram agradar os Viscondes. Alguns introduziram seus filhos e outros formaram relacionamentos de outras maneiras.
É claro, como nobres experiências, Fel e suas amigas não se incomodaram com estas pessoas e apenas cumprimentaram seus amigos antes de se sentarem juntas para conversar.
Entretanto, Fel, que estava aproveitando a conversa, já tinha começado a sentir falta de um certo alguém.
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O tempo passou e o meio-dia chegou. Esta era a hora em que os Condes faziam sua entrada.
Um por um, todos os Condes entravam no salão e, após se cumprimentarem, foram cumprimentados pelos Viscondes e Barões. Até Fel e suas amigas cumprimentaram os Condes que conheciam antes de se sentarem na mesa para almoçar. Desta vez, Fel e suas amigas não se sentaram sozinhas. Elas estavam com alguns Condes e Viscondes.
Fel, todavia, já estava sentindo o formigamento na sua irmãzinha. Ela fechou as pernas com força e endireitou as costas enquanto suprimia a sensação antes de sorrir e continuar a conversa.
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Após o almoço, o jardim foi aberto. Fel e seu grupo pediram licença enquanto caminhavam na direção do jardim, finalmente podendo respirar ar fresco.
O tempo passou e chegou a hora da festa principal começar. Começando com o Marquês, depois os quatro Duques do reino e finalmente os três príncipes, todos os figurões apareceram um por um.
Após outra rodada de cumprimentos, Fel finalmente não conseguiu aguentar mais: — Willa, Flor, preciso ir ao banheiro. Serei rápida, tudo bem?
— Tá~ — Flor respondeu e acenou inexpressiva enquanto Willa assentia.
Felberta se afastou elegantemente, mas quando notou que não havia ninguém por perto, acelerou o ritmo e entrou no banheiro antes de se sentar e enfiar o dedo na sua irmãzinha.
— Ahh~ Que alívio~